O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-diretor-adjunto Alessandro Moretti compareceram nesta quarta-feira (17) à sede da Polícia Federal, em Brasília, por volta das 15h, para prestar depoimento na fase final da investigação sobre o esquema de espionagem ilegal conhecido como “Abin Paralela”, supostamente operado durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
Ambos foram intimados pela PF na terça-feira (15) e os depoimentos foram marcados para acontecer simultaneamente, a fim de evitar qualquer influência cruzada nas versões apresentadas pelos investigados.
A Polícia Federal vai questioná-los sobre suspeitas de interferência da atual gestão da Abin nas investigações do caso, além de apurar o envolvimento de agentes da agência em ações de espionagem contra autoridades paraguaias durante as negociações sobre as tarifas da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A expectativa é que a PF conclua a apuração até o fim deste mês. A investigação, iniciada em 2023, busca esclarecer o uso indevido de ferramentas da Abin para monitoramentos ilegais e possíveis interferências internacionais, o que pode configurar graves violações institucionais.