“É transfobia de Estado. Trump transformou o governo americano em máquina de perseguição a minorias”, declarou a deputada em nota. Hilton afirmou ainda ter acionado o Itamaraty para tratar do caso.
A participação de Erika Hilton estava prevista no painel “Diversidade e Democracia”, ao lado de outras autoridades brasileiras, durante a Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, realizada no último sábado (12).
No 1º dia de seu novo mandato, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva que oficializou a definição de gênero apenas como masculino e feminino. O decreto estabelece que formulários do governo federal ofereçam exclusivamente essas duas opções, sem mencionar identidade de gênero.
Nas redes sociais, a psolista afirmou nesta manhã que não se surpreende com “o nível do ódio e a fixação dessa gente com pessoas trans”. Segundo ela, os documentos apresentados estão retificados, e seu registro como mulher consta inclusive na certidão de nascimento.
“Ou seja”, continuou, “estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo de uma representante diplomática, para ir atrás de descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente”.
Sim, é verdade. Fui classificada como do “sexo masculino” pelo governo dos EUA quando fui tirar meu visto para ir à Brazil Conference, na Universidade de Harvard e no MIT.
Não me surpreende. Isso já está acontecendo nos documentos de pessoas trans dos EUA faz algumas semanas.… pic.twitter.com/LmpkZ7axHO
— ERIKA HILTON (@ErikakHilton) April 16, 2025