20.5 C
Brasília

Defesa de Bolsonaro comemora arquivamento de caso sobre cartão de vacina

Publicado em:

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) celebrou nesta quinta-feira (27) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para arquivar a investigação sobre supostas fraudes no cartão de vacinação do ex-presidente.

No X, o advogado Paulo Cunha Bueno chamou o caso de “rumoroso” por envolver Bolsonaro, mas “débil em seus fundamentos”. Ele afirmou que “a defesa procedeu a um trabalho de fôlego e que hoje sai vitorioso! Esperamos que as demais investigações tenham o mesmo destino”.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu pelo arquivamento alegando falta de provas para denunciar Bolsonaro. Segundo ele, a delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid não foi confirmada por outras evidências. Diferente do inquérito sobre tentativa de golpe — em que o STF aceitou denúncia contra Bolsonaro na quarta-feira (26.mar) —, a PGR afirmou que neste caso “não há provas convincentes e autônomas” que sustentem uma acusação.

A PF havia indiciado Bolsonaro em 2024 por associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do SUS. O inquérito da Operação Venire apontou que certificados de vacinação foram fraudados entre 2021 e 2022, incluindo um em nome de Laura Bolsonaro, filha do ex-presidente. Mauro Cid, apontado como operador do esquema, chegou a ser preso.

As investigações tiveram como base mensagens extraídas do celular de Cid. Segundo a PF, os registros falsos foram inseridos por João Carlos de Souza Brecha, então secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ). Os dados teriam sido acessados por um e-mail vinculado a Cid, que emitiu certificados pelo aplicativo ConecteSUS antes da exclusão das informações.

A falsificação de dados de vacinação era um dos cinco eixos da investigação da PF contra Bolsonaro e seus aliados no inquérito 4874-DF. Com a decisão da PGR, esse trecho do caso foi encerrado.

Mais recentes

Checagem de fatos