A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou nesta sexta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que receba a denúncia contra um grupo acusado de operar esquemas de desinformação como parte de um suposto plano golpista após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Segundo a denúncia, os investigados teriam disseminado notícias falsas e promovido ataques virtuais com o objetivo de desacreditar o sistema eleitoral, fortalecer narrativas conspiratórias e aprofundar a polarização no país.
Entre os denunciados, cujas defesas foram contestadas pela PGR, estão militares da reserva e um engenheiro contratado pelo PL para questionar a segurança das urnas eletrônicas:
• Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército;
• Angelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
• Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército;
• Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro contratado pelo PL;
• Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
• Marcelo Araújo Bormevet, policial federal;
• Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército.
O jornalista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-presidente João Batista Figueiredo, também foi denunciado, mas não apresentou defesa prévia. Dessa forma, a PGR não precisou contestar sua argumentação.
Os denunciados são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Essa é a última manifestação da PGR sobre as defesas dos acusados de tentativa de golpe. Ao todo, 34 pessoas foram denunciadas em 18 de fevereiro de 2025, incluindo Bolsonaro.
A PGR também aponta que, além da tentativa de golpe, a organização investigada teria planejado o sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, além do assassinato de Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB).