O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, comprou uma briga e tanto com Donald Trump, ao recusar dois aviões lotados de imigrantes ilegais que estavam sendo deportados. Em retaliação, o presidente dos Estados Unidos anunciou a imposição de tarifas emergenciais de 25% a 50% sobre todos os produtos colombianos, a proibição de viagens e a revogação de vistos para funcionários do governo colombiano e familiares.
“Essas medidas são apenas o começo”, escreveu Trump na rede Truth Social. “Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e ao retorno dos criminosos que eles forçaram nos Estados Unidos”, disse.
A adoção dessas medidas serve de exemplo de como o novo governo americano pode reagir à censura e a outras ações arbitrárias impostas pelo STF a usuários das redes sociais. A relação bilateral está bastante fragilizada e pode desandar, inclusive no atual contexto da crise migratória
Os EUA também estão deportando dezenas de brasileiros presos por tentarem entrar ilegalmente nos EUA. Um voo comercial com 88 brasileiros, com destino a Belo Horizonte, pousou em Manaus (AM) após problemas técnicos.
Os brasileiros viajaram todos algemados e o desembarque gerou imagens que foram exploradas durante todo o fim de semana pela mídia.
Lula, para se capitalizar politicamente com a situação, deslocou um avião da FAB para completar o percurso e destacou a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, para fazer um discurso durante o embarque. O vídeo foi disparado nas redes sociais e ajudaram a incendiar o debate.
Em nota, o Itamaraty reclamou do “tratamento degradante”. Só esqueceu de mencionar que o governo Lula recebeu calado, nos últimos dois anos, 32 voos com deportados brasileiros da gestão Biden. Todos viajaram algemados, como determina o protocolo.
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Comentário de avelina Tchakarova no X/Twitter:
Informações básicas importantes sobre a geopolítica mais recente da Colômbia e o crescente portfólio do DragonBear (China/Rússia) neste país: Em outubro do ano passado, a China convidou a Colômbia a se juntar à Iniciativa do Cinturão e Rota e estava “explorando a possibilidade de um acordo de livre comércio” com o país sul-americano. Em novembro de 2024, a Colômbia expressou interesse em se juntar ao grupo BRICS como parte de seu esforço para expandir alianças internacionais e acessar novas oportunidades de financiamento. O Ministro das Relações Exteriores Murillo confirmou o interesse do país durante uma visita a Moscou, citando discussões em andamento com o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, sediado em Xangai, liderado por Dilma Rousseff. A visita de Murillo também teve como objetivo fortalecer os laços bilaterais com a Rússia, marcando um passo em direção à reativação das relações antes do 90º aniversário dos laços diplomáticos em 2025. O Ministro das Relações Exteriores russo Lavrov declarou que ambos os países planejam retomar o trabalho em uma comissão bilateral para aprimorar a cooperação em comércio, economia e ciência. Murillo reiterou a disposição da Colômbia de mediar a guerra Rússia-Ucrânia e promover o diálogo político. O presidente colombiano Petro não compareceu à Conferência de Paz na Suíça focada no apoio à Ucrânia.
@vtchakarova
Reflexão interessante.
Acompanho vc desde o tempode O Antagonista
Nossa diplomacia nunca foi tão………capenga. É o retrato fiel do atual desgoverno. Fraca, incompetente, sem brilho, sem relevância, sem altruísmo, sem interesses e o pior de tudo, sem vergonha. Pra ser pária tem que melhorar bastante.