O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) teve seu mandato suspenso por 3 meses pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (6). A punição foi aprovada por 15 votos a 4 e se refere às ofensas proferidas contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante sessão da Comissão de Segurança Pública, em 29 de abril.
Na ocasião, Gilvan criticou Gleisi, chamando-a de “senadora que elogiava a PF agora porque temos um diretor-geral petista” e mencionou o nome dela e do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) ao citar apelidos usados em planilhas da Odebrecht investigadas pela Lava Jato.
“Eu citei aqui o nome Lindinho e Amante, que devia ser uma prostituta do caramba”, afirmou.
Ele ainda completou: “Ou seja, a carapuça serviu. Ele foi mentir na CCJ, se vitimizar, dizendo: Você vai ver, seu bandido”.
O episódio terminou em tumulto, com Gilvan e Lindbergh trocando provocações e sendo contidos pela Polícia Legislativa após o deputado bolsonarista ameaçar “encher de porrada” o petista.
A gravidade do episódio levou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a autorizar uma representação na Corregedoria pedindo a suspensão de Gilvan por 6 meses. O relator do caso no Conselho de Ética, Ricardo Maia (MDB-BA), acatou parcialmente o pedido e recomendou 6 meses de afastamento, mas o colegiado decidiu por uma punição menor.
Segundo Maia, Gilvan violou o Código de Ética da Câmara ao fazer “uso de expressões ofensivas à honra de parlamentares” e adotar conduta incompatível com o decoro exigido no exercício do mandato.