O Conselho de Ética da Câmara analisa nesta terça-feira (6) o pedido de suspensão do mandato de Gilvan da Federal (PL-ES) por seis meses.
O parlamentar é acusado de quebrar o decoro ao ofender a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), durante sessão da Comissão de Segurança Pública, no dia 29 de abril. Ele também protagonizou discussão com o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), marido da ministra.
Segundo a Corregedoria, Gilvan usou “palavras ofensivas e difamatórias” contra Gleisi, referindo-se a ela como “amante”, apelido atribuído em uma lista de supostos repasses da Odebrecht, e afirmou que a pessoa com esse apelido “devia ser uma prostituta do caramba”.
A representação foi protocolada pela Mesa Diretora após solicitação da Corregedoria Parlamentar. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e os deputados Elmar Nascimento (União-BA), Carlos Veras (PT-PE), Lula da Fonte (PP-PE) e Delegada Katarina (PSD-SE) assinam o texto. O vice-presidente da Casa, do mesmo partido de Gilvan, não assinou.
O relator do caso, Ricardo Maia (MDB-BA), defendeu a suspensão cautelar.
Se o parecer for aprovado, Gilvan poderá recorrer ao plenário. A suspensão só será mantida se ao menos 257 deputados votarem a favor.
A representação se apoia em norma aprovada em junho de 2023, que autoriza a suspensão cautelar por até seis meses. O Conselho de Ética tem até três dias úteis para deliberar, com prioridade sobre outros temas.