A tensão no Palácio do Planalto escalou com conflitos entre os ministros Rui Costa (Casa Civil), Vinicius Carvalho (Controladoria-Geral da União) e Sidônio Palmeira (Secom) sobre o escândalo de fraudes no INSS, que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados desde 2019.
Em entrevista ao O Globo, Costa criticou a CGU por não alertar a cúpula do governo sobre a dimensão do esquema, descoberto em 2023, e apontou falhas na comunicação que agravaram a crise.
“A Controladoria deve impedir o crime e apontar falhas, mas deixamos passar dois anos, com mais vítimas lesadas”, afirmou. Carvalho rebateu, esclarecendo que a CGU notificou o INSS em reuniões desde 2023, mas a investigação sigilosa com a Polícia Federal limitou divulgações.
Sidônio Palmeira, por sua vez, considerou a fala de Costa inoportuna, já que o desgaste pelo escândalo, que culminou na demissão do ministro Carlos Lupi (Previdência) e na ruptura com o PDT, exige unidade no governo.