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China promete retaliação a países que firmarem acordos com EUA contra seus interesses

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Em meio à escalada da tensão comercial com os Estados Unidos, a China avisou que vai retaliar qualquer país que feche acordos comerciais com Washington em prejuízo direto dos interesses chineses. O alerta foi feito nesta segunda-feira (21) por um porta-voz do Ministério do Comércio da China, durante uma coletiva em Pequim.

A resposta foi dada após um jornalista questionar como o governo chinês reagiria caso a Casa Branca pressionasse outros países a reduzir investimentos na China, em troca de vantagens tarifárias. Segundo o porta-voz, é legítimo que os países busquem acordos com os EUA, mas “se essas negociações envolverem o enfraquecimento de relações com a China, o país jamais aceitará”.

A China se opõe firmemente a qualquer parte que chegue a um acordo às custas dos interesses chineses. Se isso acontecer, a China jamais aceitará e tomará resolutamente contramedidas de forma recíproca. A China está determinada e é capaz de salvaguardar seus próprios direitos e interesses”, afirmou o representante.

O tom subiu ainda mais quando o governo chinês acusou os Estados Unidos de transformar o comércio internacional em uma “lei da selva”. Segundo ele, os países deveriam se unir para resistir ao que chamou de “bullying econômico norte-americano”.

Trata-se da busca por políticas hegemônicas e intimidação unilateral nos campos econômico e comercial sob o pretexto de ‘reciprocidade’. O apaziguamento não traz paz, e o compromisso não pode ser respeitado”, declarou.

O embate entre as duas maiores economias do mundo se intensificou no início de abril, quando o ex-presidente Donald Trump, cotado à reeleição, anunciou o “liberation day” e impôs tarifas contra todos os parceiros comerciais dos EUA, com foco especial na China, penalizada em 145%. Pequim respondeu com tarifas de 125% sobre produtos norte-americanos, aprofundando a guerra comercial.

As medidas de Trump têm sido discutidas em reuniões com líderes globais, o que acendeu o alerta no governo chinês, que agora promete reagir a qualquer aliança que considere hostil aos seus interesses.

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