O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, criticou nesta quarta-feira (12) o governo Lula (PT) por um “rompimento institucional” ao pedir ajuda ao estado para a organização do G20, mas excluí-lo do evento, que ocorrerá em novembro no Rio.
“Quem cometeu uma indelicadeza ímpar, até um rompimento institucional, foi o governo federal ao não convidar o governador do estado para o G20, mesmo depois de pedir ajuda de R$ 40 milhões para o G20 Social e exigir apoio na Segurança Pública. Quem rompeu institucionalmente foi o governo federal”, afirmou Castro ao site Metrópoles.
O governador também atacou o chanceler Mauro Vieira, chamando-o de “fraquíssimo”. “Além de tudo, uma falta de educação do chanceler, que aliás é fraquíssimo. A gente entende por que isso”, declarou.
Apesar da crítica, Castro disse estar aberto ao diálogo. “Governador não deve fazer oposição a presidente. Os governos são obrigados a trabalhar juntos. Faço crítica quando preciso, mas o Rio de Janeiro está de braços abertos ao que o presidente quiser levar ao estado. Nunca deixamos de garantir nada”, disse.
Em fevereiro, Lula se queixou da ausência de Castro na inauguração da emergência do Hospital Federal de Bonsucesso, sua primeira agenda fora de Brasília após cirurgia. “O governador foi convidado e não veio. Mas ele foi convidado”, disse o petista, ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que tem feito críticas à segurança pública no estado. “Ele poderia ter vindo e feito um discurso sobre como o estado vai cuidar da saúde”, provocou Lula.