Ex-presidente cita imbróglio antigo com Barroso por caso Battisti
Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10), durante depoimento ao STF, que o ministro Luís Roberto Barroso tem um atrito antigo com ele, desde a época do caso Cesare Battisti, e sugeriu que há uma perseguição pessoal por parte do magistrado. O ex-presidente relembrou uma declaração do ministro durante um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em que Barroso afirmou: “Derrotamos o bolsonarismo”.
“Esse atrito com o então advogado Barroso vem lá de trás. Ele foi advogado no caso do Cesare Battisti e trabalhou para que ele permanecesse no Brasil. Eu fui lá trabalhar para que ele fosse extraditado para a Itália. Nós tivemos embates lá atrás”, explicou Bolsonaro.
O ex-presidente também afirmou que, apesar das diferenças, nunca ameaçou o ministro.
“A gente tem algo pessoal, eu relevo muita coisa. Parece que ele marcou isso aí, não me esquece. Mas não tem nenhuma ameaça.”
Bolsonaro ainda disse que seu comportamento no Congresso Nacional sempre foi pautado pelo diálogo, e que conhece bem o funcionamento das instituições.
Ao citar o episódio com Barroso e a fala da UNE, o ex-presidente reforçou que a tensão entre ambos não é recente e não tem relação com eventos mais recentes da política brasileira, mas sim com posturas ideológicas opostas desde muito antes de Barroso chegar ao Supremo.
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