A embaixada da Argentina em Caracas, que abriga cinco opositores de Nicolás Maduro e está sob proteção do Brasil desde julho de 2024, teve a energia cortada, após o colapso do gerador que fornecia energia ao local na madrugada desta terça-feira (18). A denúncia foi feita por Magalli Meda, ex-chefe de comunicação da campanha de María Corina Machado, principal rival do regime chavista.
Sem luz, água e comunicação com o exterior, os exilados denunciam que o regime chavista, que já havia cortado serviços essenciais, intensificou ainda mais o cerco ao grupo.
A líder oposicionista María Corina Machado usou suas redes sociais para condenar a falha no gerador e a inação da comunidade internacional, chamando a situação de “tortura pura e dura”.
ALERTA INTERNACIONAL
Esta madrugada pasó lo que tanto advertimos:
Colapsó la planta eléctrica de la Embajada de Argentina en Caracas, bajo protección de Brasil, donde están refugiados -desde hace casi un año- nuestros compañeros.Sin luz, sin agua, sin conexión y ahora con… https://t.co/0bTgdKKkDv
— María Corina Machado (@MariaCorinaYA) February 18, 2025
O que está acontecendo?
• Seis opositores de Maduro estão asilados na embaixada desde março de 2024.
• O grupo integrou a campanha de María Corina Machado, barrada pelo chavismo nas eleições.
• Após a expulsão do corpo diplomático argentino da Venezuela, o Brasil assumiu a custódia da embaixada a pedido do governo Javier Milei.
“Na madrugada de hoje, 18 de fevereiro, a pequena usina que nos mantinha parcialmente abastecidos com energia elétrica entrou em colapso”, denunciou Meda. “Reiteramos nosso apelo urgente ao cumprimento da Convenção de Caracas sobre Asilo Diplomático e da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, escreveu no X.
En la madrugada de hoy 18 de febrero colapsó la pequeña planta que nos mantenía con suministro eléctrico parcial.
Reiteramos nuestro llamado urgente al cumplimiento de la Convención de Caracas sobre Asilo Diplomático y la Convención de Viena sobre Relaciones Diplomáticas. pic.twitter.com/DxJhLqhVFd— MAGALLI MEDA (@MagalliMeda) February 19, 2025
Desde que Maduro expulsou diplomatas de países que contestaram sua reeleição, os opositores venezuelanos relatam cortes de energia e água, além de cercos policiais frequentes. Em novembro de 2024, já haviam acusado o regime de restringir serviços básicos da embaixada.
Os opositores abrigados na embaixada são: Magalli Meda, Pedro Urruchurtu, Claudia Macero, Omar González e Humberto Villalobos.