A Terceira Guerra Mundial é cultural e foi deflagrada na quarta-feira 10, com o brutal assassinato do influenciador de direita Charlie Kirk, atingido por um tiro de longa distância. Captada por diferentes ângulos, a imagem do ativista desfalecendo enquanto seu sangue jorrava pelo pescoço foi comemorada nas redes por milhares de perfis de esquerda, não só nos Estados Unidos.
No Brasil, entre os casos notórios estão o do médico Ricardo Barbosa e o do historiador Eduardo Bueno. Barbosa elogiou a “mira impecável” de Tyler Robinson, o atirador. “Que bom para as filhas dele, né?!”, ironizou Bueno, sobre Kirk. Além do cinismo e do desprezo pela vida alheia, Barbosa e Bueno têm em comum o apreço pelo comunismo, que prega a desumanização cínica de rivais políticos e o desprezo pela vida alheia, inclusive a de seus militantes.
Como historiador, mesmo de esquerda, Peninha sabe bem o que significa um evento-limite; tipo de ocorrência traumática que marca uma inflexão histórica, rompendo paradigmas e gerando um efeito avassalador de consequências imprevistas. A morte de Kirk me parece um desses eventos, como foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, estopim da Primeira Guerra; e a invasão da Polônia, no caso da Segunda.
Estopins detonam bombas, mas não são as bombas em si. Na prática, as circunstâncias para a deflagração da Terceira Guerra estão postas há tempos, mas faltava o elemento catalizador. Há tempos, os valores cristãos que forjaram as democracias ocidentais são alvos de sabotagens sistemáticas, mas o identitarismo woke elevou em muito o nível de tensão social ao transformar ataques à vida, à família e à propriedade em políticas públicas.
À leniência da Justiça com criminosos somou-se a perseguição judicial ao conservadorismo, com apoio flagrante da mídia mainstream. O sangue derramado de Kirk fez o copo transbordar, ou melhor, gerou fagulha num ambiente saturado de gás inflamável. “Vocês não têm ideia do fogo que acenderam”, disse Erika Kirk, ao velar o corpo do marido, enquanto tentava explicar para sua filha de 3 anos que seu pai não voltará mais para casa.
“Os gritos de dor desta viúva vão ecoar pelo mundo como um grito de guerra. Se vocês achavam que a missão do meu marido já era poderosa antes, não fazem ideia, não fazem ideia do que acabaram de desencadear por todo este país e pelo mundo.”
Em Londres, a imagem de Charlie Kirk inundou manifestação convocada por Tommy Robinson contra a invasão migratória de muçulmanos. Nas redes, perfis conservadores começaram a listar todos aqueles que comemoraram a morte do ativista; no Brasil, famosos e anônimos estão sendo expostos pelo comportamento desumano; enquanto lideranças de direita clamam por boicote geral a veículos de mídia colaboracionistas.
Praticamente todos os sites e canais trataram Kirk como “extrema direita”, tentando justificar indiretamente seu assassinato; da mesma forma que apoiaram a condenação sem provas de Jair Bolsonaro, ignorando as violações constitucionais e parcialidade de seus julgadores, que não esconderam a satisfação com o resultado já previsto do julgamento.
Embora sejam esperadas novas sanções contra ministros do Supremo, e autoridades dos EUA já tenham até anunciado a suspensão de vistos para o médico e o historiador de esquerda; essa Terceira Guerra não é liderada de dentro dos gabinetes, mas nas ruas. Essa foi a trincheira de Charlie Kirk e, agora, o campo de batalha de milhões de cidadãos que ele inspirou.