O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (29) com os principais bancos privados do país (Itaú, Bradesco e Santander) e os bancos estatais (Banco do Brasil e Caixa).
O encontro tratou da criação de um sistema unificado de crédito consignado, mas uma ausência chamou atenção: André Esteves, do BTG Pactual, foi deixado de fora.
O governo justificou a exclusão alegando que o BTG não tem forte atuação nesse setor. No entanto, o banco adquiriu o Banco Pan em 2021, instituição especializada em crédito consignado, o que contradiz a versão oficial.
Fontes em Brasília apontam que a exclusão de Esteves pode ter sido motivada por desentendimentos pessoais, conforme a apuração do Poder360. Lula tem demonstrado insatisfação com as declarações do banqueiro sobre o governo e já expressou sua irritação a ministros, membros do Judiciário e do Congresso.
A relação entre os dois já foi melhor. Em 2023 e 2024, Lula se encontrou com Esteves pelo menos três vezes no Planalto, mas o clima azedou. O presidente vê o dono do BTG como alguém pouco alinhado às pautas do governo e mais interessado nos negócios do banco.
O BTG Pactual é um banco ligado à elite financeira, cujos clientes não têm afinidade com a atual gestão. Para Esteves, manter relações com governos sempre foi estratégico, inclusive em momentos de crise, como o que Lula enfrenta agora, com sua pior taxa de aprovação desde a posse.
A exclusão do banqueiro pode sinalizar um afastamento definitivo ou apenas um jogo de pressões. O que fica claro é que, mesmo sem um veto oficial confirmado, o governo não quer Esteves na mesa de negociação.
Uma resposta
Esse LIXO age como se fosse DONO DO BRASIL.