O governo federal adquiriu uma ferramenta de inteligência artificial por US$ 10,5 milhões (aproximadamente R$ 63,4 milhões) para combater fraudes no INSS. O sistema, desenvolvido por uma empresa norte-americana, visa otimizar a concessão de benefícios, identificando irregularidades nos processos.
O contrato foi firmado entre novembro e dezembro de 2024, com a empresa pública Dataprev responsável pela contratação. A IA começará a operar no primeiro semestre de 2025, em duas fases, e será usada para analisar atestados médicos e monitorar comportamentos para garantir a conformidade nos benefícios.
Embora o governo aponte a IA como uma medida para ajustar as contas públicas, a economia projetada ainda é vista com ceticismo. O Congresso recentemente aprovou mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), visando economizar R$ 2 bilhões em dois anos, valor considerado modesto por analistas.
O presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, afirmou que a revisão de benefícios previdenciários em 2025 deve gerar uma economia de R$ 10 bilhões ao governo Lula. O pente-fino irá focar no auxílio por incapacidade temporária e na aposentadoria por invalidez, utilizando inteligência artificial para identificar fraudes e pagamentos indevidos.
Apesar de uma meta de R$ 10 bilhões para 2024, o INSS conseguiu economizar apenas R$ 6 bilhões, principalmente com cortes no auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. A equipe econômica havia projetado os cortes em duas frentes: medidas cautelares e o uso do Atestmed (R$ 7,3 bilhões) e reavaliações de benefícios (R$ 3,2 bilhões).