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Pragmatismo intergaláctico

Marcos Pontes quer lançar candidatura independente ao comando do Senado contra o favoritismo de Davi Alcolumbre. Ele conta com o apoio de alguns parlamentares, apelidados pelos bolsonaristas de intergaláticos. Jair Bolsonaro chamou a iniciativa do astronauta de “lamentável” e falou em traição, lembrando que deixou de apoiar Marco Feliciano. “A única forma de nós sermos algo dentro do Senado e não sermos zumbis como somos hoje é tendo um candidato. Se não conseguimos ganhar com o Rogério Marinho, que é um baita articulador, não vai ser com você agora”, diz o ex-presidente.

O mesmo raciocínio vem sendo usado para apoiar Hugo Motta para suceder Arthur Lira na Presidência da Câmara e também balizou o apoio à reeleição de Rodrigo Maia, em 2019, mesmo sabendo que o emedebista, apelidado de Nhonho pelos bolsonaristas, sabotaria as pautas do governo. Esse ‘pragmatismo’ levou Ciro Nogueira à Casa Civil, Augusto Aras à PGR e Nunes Marques ao STF. No auge das críticas a essas e outras escolhas durante seu mandato, Bolsonaro chegou a ironizar: “Eu sempre fui do Centrão.”

No ano passado, escanteou Ricardo Salles na disputa por São Paulo e abraçou Ricardo Nunes, o que levou seu ex-ministro do Meio Ambiente a trocar o PL pelo Novo.  Pode-se dizer que há coerência no raciocínio de Bolsonaro, mesmo que os bolsonaristas (intergaláticos) não concordem. Mas quando o assunto é eleição presidencial e 2026, a situação se inverte. Aqueles considerados pragmáticos passam a defender uma chapa puro-sangue, com Michelle e Eduardo Bolsonaro; contra a opção de Tarcísio de Freitas com Michelle de vice.

O argumento é de que Tarcísio é muito centrão, sabe como é… Na verdade, é difícil saber, viu!? Eu apenas torço para que a direita tenha um candidato com chances reais de derrotar Lula ou seu sucessor nas urnas daqui a 2 anos e não estou sozinho nessa torcida. 

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Claudio Dantas

Claudio Dantas

Respostas de 10

  1. Os corruptos voltaram graças ao MINTO. Bolsonaro nunca foi e jamais será de direita, conservador. Acabou com a Lava Jato. Tosco, mal-educado, burro, assim como toda a família. Bando de corrupto, safados traidores.
    Micheque e Dudu Bananinha é piada pronta.
    Alcolumbre e Hugo Motta é continuar na mesmice.
    Não acredito no Brasil, assim como muitos ao meu redor.

  2. Claudio, só faltou ao Bolsonaro esse pragmatismo pra lidar com o Supremo. Se tivesse sido menos passional, provavelmente ainda estaria como presidente. Pra termos alguma chance em 2026 , só tem um jeito: o candidato da direita sentar antes com o Supremo e pedir a benção. Acho o Tarcísio mais inteligente emocionalmente nesse sentido. Não acredito nem mesmo no próprio Bolsonaro se puder disputar, a não ser que o relacionamento com o Supremo seja outro.

  3. Existe um fator relevante para considerar ao analisar esse comportamento antagônico do Bolsonaro. A eleição para PR é voto popular, já a eleição para Presidência do Senado e Câmara são votos dos próprios parlamentares, inclusive sendo votação secreta. Isso complica muito as coisas.
    Embora eu ache uma m* os candidatos escolhidos pelo Bolsonaro, consigo entender a lógica. Ele entende que é melhor garantir comissões do que perder a eleição e ficar sem nada.

  4. No quadro que se desenha, eu concordo em parte com as articulações de Bolsonaro quanto à indicação de Rogério Marinho para presidir o senado e Ciro Gomes para a presidir a Câmara. Acho que todos do PL deveriam trabalhar em cima disso, porque Alcolumbre joga com o governo. Quanto à Hugo Mota não acredito que ele poderá bater de frente com o governo quando necessário.

  5. Ok, então tá na hora, aliás, já passou da hora da população brasileira que tb torce para que “a direita tenha um candidato com chances reais de derrotar Lula ou seu sucessor nas urnas daqui a 2 anos” e na questão mais urgente no momento, eleger nomes diferentes de Alcolumbre e H.Motta no congresso, trabalharem no convencimento dos senadores e deputados. Não tenho visto isso acontecer. Não vi povo nem congressistas tratando disso. Lamentável.

  6. Bolsonaro foi e é perseguido por não se vender ao sistema.
    E se tem alguém que acredite saber mais que ele como é o sistema, que apareça e tente competir para ver se consegue alguma coisa.

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