Rodrigo Pacheco está sendo convencido por lideranças no Senado a enviar diretamente ao plenário o pedido de abertura de impeachment contra Alexandre de Moraes. Ele faria isso com o aval da Mesa Diretora e usando a lacuna regimental sobre o tema, delegando à maioria dos senadores a inédita decisão de processar e cassar um ministro do Supremo. Seria uma forma de atender à oposição sem incomodar a cúpula do Judiciário, uma vez que a tendência majoritária na Casa é pela não abertura do impeachment – se for usar o princípio da maioria absoluta seriam necessários 41 votos.

Paralelamente, como revelei mais cedo, o Senado poderia aprovar a PEC que será sugerida por Damares Alves, proibindo o Supremo de abrir inquéritos, o que tornaria sem efeito o ato original de Dias Toffoli que instaurou o inquérito das fake news e inaugurou a quadra mais sombria da história do STF, com a perseguição implacável de Moraes à direita e a censura generalizada dos cidadãos após o bloqueio do X. Todos os inquéritos e atos posteriores a 2019 seriam anulados, assim como as condenações dos presos do 8/1 e de Jair Bolsonaro.

É preciso dar um basta à Juristocracia.