Operação foi deflagrada às 6h de ontem para combater o CV no Rio de Janeiro
Pouco mais de 35 horas após a maior operação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, o presidente Lula ainda não se pronunciou e manteve suas agendas. Ao invés disso, o petista manteve sua agenda normalmente e irá empossar o novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSol-SP).
O governador do Rio, Cláudio Castro, criticou o governo federal por não se manifestar sobre a ação policial e afirmou que o estado estava “sozinho” na luta contra o crime organizado. Segundo ele, pedidos de apoio para operações policiais foram negados, deixando o Rio sem respaldo federal.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, chegou a tentar contestar as declarações, afirmando que todos os pedidos do estado para o emprego da Força Nacional foram atendidos.
Mais cedo, o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que a PF foi informada sobre o planejamento da Operação Contenção pelas forças de segurança do Rio, mas considerou a ação “não razoável” para participação da corporação.
Rodrigues afirmou que a superintendência regional foi consultada para dar apoio no cumprimento de mandados, mas a atuação foi descartada “por falta de atribuição legal”, já que a PF atua na investigação, não na ação ostensiva. Segundo ele, a PF não foi formalmente comunicada sobre a deflagração da operação.
Em outubro de 2023, Lula disse que, enquanto for presidente, não requisitará nenhuma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). “Eu não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido, não é este o papel das Forças. Enquanto eu for presidente não tem GLO! Eu fui eleito para governar esse país e vou governar esse país agora”, afirmou.
