Mais de 15 mil homossexuais ou transsexuais sofreram violência em 2023, primeiro ano do governo Lula (PT). O número representa um aumento de 91% em relação à 2022, quando houve 8.028 registros de violência contra a população LGBT.
Os dados são do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), lançado nesta segunda-feira (12). Estão incluídos nesses dados a violência física, psicológica, sexual e financeira, além de tráfico humano, abandono de incapaz e trabalho infantil.
Além disso, houve um crescimento no número de agressões corporais e estupros contra essa população. O primeiro crime registrou 21% a mais em relação à 2022 — de 3 mil para 3,6 mil. O segundo, de 40% — de 252 para 354.
Ceará (44), Maranhão (34) e Minas Gerais (32) são recordistas deste tipo de violência. A taxa de ocorrências por 100 mil habitantes também é maior no estado cearense, comandado pelo petista Elmano Freitas: 42.
No recorte apenas de homossexuais e bissexuais, a tendência de aumento também foi significativa. Saltando de 7,2 mil para 9,8 mil casos de violência de 2022 para 2023 — alta de 30%
O crescimento também é visto se compararmos com o primeiro ano de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em 2019, logo após o então presidente assumir, 5,5 mil homossexuais e bissexuais foram vítimas de violência. Já no primeiro ano de Lula, os mesmo registros subiram 77%.