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Urgente: Por 13 votos, Conselho de Ética aprova parecer pela cassação de Glauber Braga

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O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara acaba de aprovar o parecer do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) pela cassação do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ). Foram 13 votos a favor e 5 contrários.

O processo contra o psolista teve início após episódio ocorrido em abril do ano passado, quando o parlamentar expulsou, com chutes, um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) das dependências da Câmara. Toda a agressão foi registrada em vídeo.

O relator do caso no Conselho de Ética, Paulo Magalhães (PSD-BA), recomendou a cassação do mandato do parlamentar: “Diante das provas produzidas nos autos, verifica-se que o representado [deputado Glauber Braga] extrapolou os direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui. Portanto, é imperioso admitir que o representado, com seus atos, efetivamente incidiu na prática da conduta, sendo cabível, no caso sob exame, a sanção da perda do mandato”.

Agora, com a aprovação do parecer, a medida precisa ser referendada pelo plenário da Câmara, que precisará ser aprovada por, no mínimo, 257 dos 513 deputados. Ainda não há data para que a análise ocorra.

A defesa de Braga também poderá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa contra a cassação.

A sessão foi marcada por tumultos causados pelos parlamentares do PSOL, que tentaram obstruir a votação do parecer. Braga chegou a anunciar que faria uma greve de fome e que não sairia da Câmara até o fim do processo contra ele.

Dentro e fora da sala da reunião, militantes do Psol e aliados de Glauber se manifestaram contra a votação do relatório. Até mesmo o ator Marco Nanini, conhecido por interpretar o Lineu em “A Grande Família”, esteve presente na sessão para apoiar o psolista.

Em certo momento, diante da gritaria e da confusão provocada pelos psolistas, o presidente da comissão, Leur Lomanto Júnior (União-BA), solicitou a intervenção da Polícia Legislativa para tentar restabelecer a ordem.

Durante a sessão, Guilherme Boulos (PSOL-SP) defendeu Glauber e aproveitou para atacar o MBL, classificando o grupo como “moralistas sem moral”. O deputado federal e ex-líder do MTST também acusou parlamentares e influenciadores ligados ao movimento de agirem com “banditismo” e afirmou que a cassação de Braga seria uma forma de “perseguição ideológica”.

Já Erika Hilton, também psolista, chamou a sessão do Conselho de Ética como uma “barbárie” e “covardia”.

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