Medida deve beneficiar exportações brasileiras
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos), assinou nesta sexta-feira (14) uma ordem executiva que reduz tarifas sobre diversos produtos agrícolas que não são produzidos em solo americano, como café, chá, cacau, especiarias, frutas tropicais, sucos, bananas, laranjas, tomates, carne bovina e alguns tipos de fertilizantes.
A medida entra em vigor imediatamente e vale retroativamente para mercadorias importadas a partir de quinta-feira (13).
A decisão revisa parcialmente a Ordem Executiva 14257, emitida em abril deste ano, que impôs tarifas elevadas sobre diversos produtos estrangeiros para reduzir déficits comerciais dos EUA. Em agosto, essas tarifas haviam sido aumentadas, atingindo até 50% sobre uma longa lista de mercadorias brasileiras.
Segundo a Casa Branca, a revisão se deu após análises sobre a demanda interna americana, a capacidade de produção nacional e negociações com parceiros comerciais.
A administração afirmou que determinados produtos agrícolas “não estarão mais sujeitos às tarifas recíprocas”, buscando equilibrar os interesses do comércio e da segurança econômica dos EUA.
Embora o Brasil não tenha sido citado expressamente, a mudança tende a beneficiar as exportações brasileiras para os EUA. Proteínas animais, por exemplo, estavam sujeitas a tarifas recíprocas. Agora, estão isentas globalmente.
O mesmo ocorre com frutas tropicais congeladas, acaí e sucos de frutas cítricas.
Ontem, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, se reuniu em Washington com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em mais uma rodada de negociações sobre o “tarifaço”. O chanceler, porém, saiu de lá sem qualquer novidade e foi surpreendido hoje com o anúncio.
O Itamaraty, porém, ainda busca entender o alcance das medidas.