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TRE-GO anula inelegibilidade de Caiado

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O TRE de Goiás (Tribunal Regional Eleitoral) anulou nesta terça-feira (8), por unanimidade, a decisão de 1ª Instância que havia tornado o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por 8 anos por suposto abuso de poder político. A Corte também derrubou a inelegibilidade do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil). A decisão pode ser contestada no TSE.

Apesar de afastar as punições mais duras, o tribunal manteve multas: R$ 60 mil para Caiado e R$ 40 mil para Mabel, por conduta vedada — uso da máquina pública estadual para fins eleitorais. A decisão anterior, de dezembro de 2024, atribuía ao governador favorecimento à chapa de Mabel nas eleições municipais.

“Nunca antecipei nada. Recebi a resposta aqui em Brasília e foi 7 a 0 reconhecendo que não há nada na minha trajetória que não siga as normas legais”, disse Caiado, que é pré-candidato à Presidência da República. No X (ex-Twitter), afirmou ter aguardado o julgamento com “muita serenidade e respeito” e disse confiar no Judiciário.

A sentença anulada foi assinada pela juíza Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia, que apontou a realização de eventos no Palácio das Esmeraldas com a presença de vereadores, suplentes e lideranças políticas como uso indevido da estrutura pública em campanha.

Caiado estava em Brasília quando recebeu a notícia da reversão da pena. Participava da inauguração da sede da Frente Parlamentar do Livre Mercado, onde aproveitou para criticar a PEC do governo Lula — entregue no mesmo dia à Câmara pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

“É uma armadilha aos Estados. Fortalece o crime organizado”, afirmou o governador. Para ele, o texto da proposta concentra poder no Ministério da Justiça e ameaça a autonomia das polícias estaduais. “Sabemos ler e interpretar o português. Ficou claro que o governo quer impor regras aos Estados”, disse.

A proposta do Planalto causa preocupação entre governadores e parlamentares da oposição. Apesar de o texto dizer que não haverá interferência nas forças estaduais, a base governista não convence. A movimentação é vista como mais uma tentativa de Brasília controlar os entes federados — sem debate, sem consenso e com cheiro de centralização petista.

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