O número de transações via Pix caiu 10,9% na primeira semana de janeiro em relação ao mesmo período de dezembro, marcando a maior retração mensal desde sua implementação em 2020. Dados do Banco Central (BC) indicam que essa redução coincide com a informação de possíveis novas tributações e maior fiscalização da Receita Federal.
As mudanças recentes ampliaram a obrigação de envio de dados por instituições financeiras.
Conforme levantamento realizado pelo O Globo com base nos dados do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do BC, a quantidade de operações Pix entre 4 e 10 de ianeiro somou 1,250 bilhão (-10,9%). Antes disso, o maior recuo no número de transações nesse intervalo havia ocorrido em janeiro de 2022 na comparação com o mês anterior (-7,5%).
Tradicionalmente, as transações do Pix diminuem em janeiro, após o pico de movimentações em dezembro, impulsionado por 13º salário e compras de Natal. Contudo, a queda atual é atípica, superando recuos observados em anos anteriores.
A Receita argumenta que a nova norma consolida dados em uma única declaração e aumenta os limites para notificação de movimentações, passando de R$ 2 mil para R$ 5 mil para pessoas físicas. Mesmo assim, as mudanças não acalmaram o receio popular.