O programa Alive desta quinta-feira (3) abordou os impactos das recentes tarifas comerciais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas consequências para a economia global.
As medidas incluem tarifas de 20% sobre produtos da União Europeia, 34% para a China, 24% para o Japão e 25% sobre veículos fabricados fora dos EUA.
O cientista político Márcio Coimbra destacou que essa mudança “representa uma alteração significativa na doutrina econômica americana”, que desde o pós-Segunda Guerra Mundial “buscava integrar outras nações em sua esfera de influência econômica”. Agora, segundo Coimbra, os EUA adotam “uma postura protecionista, visando trazer a produção de volta ao país e proteger os trabalhadores americanos”.
O analista financeiro Hugo Queiroz ressaltou que as tarifas têm como objetivo “acelerar investimentos internos, aumentar o emprego e a produtividade, além de controlar a inflação”. Ele explicou que, com a inflação mais baixa, “o Federal Reserve pode reduzir os juros, ajudando a melhorar o déficit americano, atualmente em quase 7%”. Queiroz observou que “a estratégia de Trump busca reindustrializar os EUA, tornando a economia mais atrativa para investimentos e fortalecendo a produção nacional”.
“As bolsas europeias e asiáticas registraram quedas significativas em resposta às tarifas”, segundo dados do mercado financeiro. Na Europa, “o índice DAX da Alemanha caiu 2,28%, enquanto o Euro Stoxx 50 recuou 3,06%”. Na Ásia, “a Bolsa de Tóquio encerrou com queda de 2,77%, e Shenzhen perdeu 1,40%”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou as tarifas como um “duro golpe para a economia global” e indicou que “a União Europeia está preparando contramedidas em resposta”.
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