Tarcísio de Freitas matou no peito a crise da Enel e enquadrou o governo federal, o Tribunal de Contas e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ele reuniu 16 prefeitos e entregou ao TCU uma carta cobrando medidas contra os órgãos que têm responsabilidade sobre a atuação da empresa em São Paulo. Para que você não caia em fake news, a concessão da Enel é federal, sua fiscalização é exercida pela Aneel e uma eventual intervenção só pode ser decidida pelo presidente da República.
Nos últimos dias, Lula colocou seus ministros, entre eles Alexandre Silveira (Minas e Energia) para atacar Ricardo Nunes, numa ação claramente articulada para favorecer Guilherme Boulos na eleição em SP. Ontem, durante debate, Boulos mentiu descaradamente — sem ser advertido –, dizendo que, caso eleito, iria retirar a Enel do município, como se o prefeito tivesse atribuição para tanto.
Na carta, o governador de São Pulo pede providências urgentes, inclusive a intervenção na concessão da Enel ou a caducidade do contrato em vigor, por ser “evidente o descumprimento do plano de contingência apresentado pela própria empresa para o enfrentamento de eventos climáticos extremos” e “sua incapacidade de prestação de um serviço essencial e indispensável à população”.
A bola agora está com o governo Lula. Resta saber se tomará providências antes da votação do segundo turno.