O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), indicou nesta segunda-feira (28) que partidos de direita devem debater uma candidatura única para a eleição presidencial de 2026. No entanto, negou que o tema esteja sendo tratado formalmente entre governadores de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Essa é a discussão que vai acontecer lá na frente. É uma discussão que os partidos vão ter internamente. Aqueles que puderem se juntar… vai acontecer”, afirmou Ratinho Jr. durante participação na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
Com a visita, Ratinho Jr. se somou a outros nomes cotados para a sucessão presidencial presentes no maior evento do agronegócio da América Latina, que historicamente contava com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ausente nesta edição por estar internado após uma cirurgia relacionada à facada sofrida em 2018.
No domingo (27), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) representou o governo Lula na Agrishow. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não compareceu, alegando problemas de agenda. Em contraste, marcaram presença o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Nesta segunda, além de Ratinho Jr., esteve na feira o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), aliado de Lula. Na terça-feira (29), é esperada a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Embora PSD, União Brasil e Republicanos tenham ministros no governo federal, seus governadores Ratinho Jr., Caiado, Tarcísio e Zema são vistos como potenciais nomes da oposição para 2026. O debate sobre uma candidatura única tem ganhado força entre eles, especialmente diante da inelegibilidade de Bolsonaro, condenado por usar a máquina pública para disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas.
“Quero ajudar o Brasil a ter um projeto de modernização do país. Se meu nome for escolhido pelo partido, a gente vai avaliar com carinho”, afirmou Ratinho Jr.
Ele ressaltou que, por ora, a união é uma ideia a ser amadurecida: “O que existe [agora] são os governadores que pensam parecido”.