Uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou a formação da chapa “Pela Representatividade no PT”, composta exclusivamente por militantes negros, para disputar as eleições internas de julho, que definirão o novo presidente do partido, sucedendo Gleisi Hoffmann, atual ministra de Relações Institucionais do governo Lula.
A justificativa do partido é ampliar a diversidade racial nas instâncias partidárias, exigindo maior presença de mulheres, pessoas com deficiência e LGBT+ em cargos de liderança.
O manifesto da chapa critica a ausência de mulheres negras no diretório nacional e rejeita uma diversidade meramente simbólica. “A representatividade deve ser política e efetiva”, afirma o documento.
A movimentação expõe tensões internas no PT, que enfrenta o desafio de conciliar sua base histórica com demandas por renovação. Resta saber se a chapa negra conseguirá romper o domínio das velhas lideranças.