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Previ tem maior exposição à Bolsa do que outros fundos de pensão

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A Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) mantém 28,8% dos investimentos de seu principal plano em ações. Outros fundos semelhantes aplicam bem menos: a Petros, dos funcionários da Petrobras, tem 5,5%, e a Funcef, dos funcionários da Caixa, 6,2%. No geral, essa fatia gira em torno de 2,8%.

Os investimentos da Previ em ações vêm caindo ao longo dos anos. No governo Michel Temer (MDB), em 2016, eram 59,1% do total. Em 2020, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), caíram para 46,7%.

TCU INVESTIGA PREJUÍZO DE R$ 14 BILHÕES

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou uma auditoria na Previ devido a perdas de R$ 14 bilhões em 2024. A entidade nega prejuízo, alegando que houve apenas rentabilidade abaixo da esperada. No entanto, os dados apresentados ao público são vagos.

A Previ não explicou o motivo do desempenho negativo do Plano 1, seu principal fundo. Alega que ganhos em anos anteriores compensam a perda. Segundo André Suaide, sócio da Inside Pensions, a diferença pode ser entre a rentabilidade esperada e a realizada.

A alta exposição em ações fez a Previ ter um rendimento de apenas 3,1% sobre o patrimônio entre janeiro e setembro de 2024, enquanto outros fundos semelhantes registraram 5,5%. O resultado ficou abaixo dos juros bancários (7,9%), mas acima da inflação (3,3%).

A Previ afirmou ao Poder360 que sua estratégia de investimentos “tem se mostrado bastante bem-sucedida”, superando o CDI e o Ibovespa nos últimos 15 anos. Disse que tem reduzido a exposição à Bolsa desde os anos 2000, mas não pretende vender ações para acelerar essa queda, alegando risco de prejuízo.

“Recentemente vimos alguns acionistas de empresas em que a Previ tem participação fazerem esse tipo de movimento, e as perdas foram bilionárias”, afirmou a entidade.

A Previ reforçou que sua meta de rentabilidade é de 4,75% ao ano acima do INPC e que, nos últimos 20 anos, a carteira do Plano 1 teve rentabilidade 273% acima da meta. Apesar disso, os números recentes levantam dúvidas sobre a efetividade da estratégia e a transparência da gestão.

Assista a Alive sobre prejuízos das estatais:

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