A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal, deflagrou, nesta segunda-feira (23/12), a segunda fase da Operação Overclean, com o objetivo de desarticular organização criminosa suspeita de atuar em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Estão sendo cumpridos, nas cidades de Brasília/DF, Salvador/BA, Lauro de Freitas/BA e Vitória da Conquista/BA, 10 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva, uma ordem de afastamento cautelar de um servidor público de suas funções, além de medidas de sequestro de bens.
Além disso, nesta fase foi determinado o sequestro de aproximadamente R$ 4,7 milhões, valor obtido pela organização criminosa por meio dos crimes investigados, e diversos veículos de luxo.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de movimentar cerca de R$ 1,4 bilhão provenientes de contratos fraudulentos e de obras superfaturadas. O grupo também contava com uma célula de apoio informacional, composta por policiais, que tinha a função de repassar informações sensíveis à organização criminosa, incluindo a identificação de agentes federais envolvidos em diligências sigilosas.
Um policial federal foi preso hoje, assim como o vice-prefeito de Lauro de Freitas (BA), Vidigal Cafezeiro Neto; o secretário de Mobilidade Urbana de Vitória da Conquista (BA), Lucas Dias; e o lobista Carlos André, tido como operador do grupo.
Na primeira fase, a Operação Overclean prendeu o empresário Marcos Moura, apelidado de “rei do lixo”, que integra a Executiva Nacional do União Brasil e vinha se beneficiando de suas relações políticas para obter contratos de saneamento e outros serviços em diferentes municípios comandados por integrantes do partido, com destaque para Salvador, onde conseguiu contrato de meio bilhão na gestão de ACM Neto (União).
Os crimes apurados incluem corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
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