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Origem de apagão em Espanha e Portugal segue desconhecida

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Um megaapagão de energia elétrica atingiu grandes partes da Espanha e de Portugal na última segunda-feira (28), causando interrupções em aeroportos, estações de trem, telecomunicações e sistemas de pagamento, além de engarrafamentos nos centros urbanos dos dois países.

O blecaute gerou um caos generalizado na Península Ibérica, que ainda se recupera dos impactos. A causa do incidente segue sem explicação oficial.

A Espanha já descartou a possibilidade de um ataque cibernético ou de um “raro evento atmosférico”. O diretor de operações da Red Eléctrica, empresa espanhola responsável pela gestão da rede elétrica, Eduardo Prieto, afirmou que as conclusões preliminares indicam que “não houve nenhum tipo de interferência nos sistemas de controle” que apontasse para um ataque. O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, corrobora a posição da empresa espanhola.

Prieto destacou que “não pode traçar conclusões” antes da obtenção de dados concretos. Já o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmou que os investigadores estão tentando identificar a causa e tomarão as medidas necessárias para evitar novos episódios.

Entre as hipóteses em análise, especula-se que uma sequência de falhas simultâneas possa ter desencadeado o apagão. Sánchez declarou que 15 GW de energia, cerca de 60% da demanda naquele horário, “subitamente desapareceram do sistema… em apenas 5 segundos”. Prieto mencionou dois “eventos de desconexão” na região sudoeste da Espanha, onde há grande produção de energia solar, sugerindo que a rede pode ter se desconectado temporariamente para proteção dos sistemas.

Sánchez, no entanto, descartou que o apagão tenha sido provocado por excesso de energias renováveis, afirmando que a demanda era estável e dentro da normalidade nos dias anteriores ao colapso.

Especialistas consultados pela BBC News explicam que o descompasso entre oferta e demanda pode alterar a frequência da rede elétrica, o que, se não for corrigido rapidamente, pode provocar apagões de grande escala.

A conexão elétrica entre Espanha e França também foi afetada, com falhas na interligação de redes. A energia foi restabelecida com apoio de conexões com a França e o Marrocos, além do acionamento de fontes movidas a gás e hidrelétricas.

Informações iniciais que atribuíram o apagão a um “raro evento atmosférico” foram desmentidas pela REN, operadora da rede elétrica portuguesa. A empresa negou ter emitido tal declaração e não forneceu detalhes sobre a origem do erro.

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