A tecnocracia brasileira se move conforme o humor político e seu oportunismo acessório. O caso da Enel é simbólico. Desde o apagão em São Paulo no ano passado, a gestão Ricardo Nunes cobra da Aneel e do TCU providências contra a distribuidora de energia de capital italiano, que já se mostrou incompetente para prestar um serviço de qualidade. Em janeiro, o prefeito de SP esteve pessoalmente com Bruno Dantas em Brasília, ladeado por Baleia Rossi e Paulinho da Força.
Dantas, que já se mostrou mais do que diligente na perseguição a ex-integrantes da Lava Jato, parece agora dormir em berço esplêndido, sem se importar com o dia a dia de milhões de paulistanos, agora no escuro (novamente). A Aneel segue na mesma toada.
Como me disse há pouco o próprio Nunes, “as pessoas precisam saber que esse contrato é com o governo federal. A regulação, concessão e fiscalização são do governo federal A cláusula quatro do contrato diz que a caducidade só pode ser feita pela Aneel. A cláusula 10 do contrato diz que só o presidente da República pode fazer a intervenção!”.
Lula, porém, não parece preocupado em resolver o problema agora. Talvez, depois do segundo turno, se Guilherme Boulos vencer, claro.
Respostas de 2
Pelo resgate da cláusula 10, vou de Boulos 13 !
Vai esperando