A atuação da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) no governo Lula (PT) tem como personagem central Leonardo Osvaldo Barchini Rosa, atual secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC).
Segundo apuração do Estadão, Barchini esteve dos dois lados do “balcão de negociações”: integrou o alto escalão do governo quando foram firmados acordos com a OEI, depois assumiu a chefia da representação da entidade no Brasil e assinou contratos com o próprio governo. Hoje, ocupa o segundo cargo mais alto do MEC.
Desde o início do atual mandato de Lula, a OEI firmou parcerias com 19 órgãos federais, totalizando R$ 710 milhões — dos quais R$ 42 milhões correspondem apenas a taxas administrativas.
Em agosto de 2024, já com Barchini na secretaria-executiva do MEC, o ministério repassou R$ 35 milhões à organização. A OEI também ampliou sua atuação em áreas estratégicas do governo, como o G-20 Social (“Janjapalooza”) e a COP-30, com contratos firmados em datas próximas à nomeação de Barchini.
Como revelado em primeira mão por este site, a entidade também vem se beneficiando de uma relação direta com a primeira-dama Janja desde o 1º ano do atual governo petista, quando foi convidada pelo espanhol Mariano Jabonero, secretário-geral da OEI, para coordenar a “Rede Ibero-americana para Inclusão e a Igualdade”. Desde então, Jabonero ganhou acesso privilegiado ao poder em Brasília.