O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) voltou a pressionar o presidente Lula nesta quinta-feira (29), cobrando a demissão do ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Segundo lideranças do movimento, Teixeira não cumpriu os acordos assumidos com o MST, e o governo precisa substituir o ministro para destravar as pautas da reforma agrária.
A cobrança foi feita durante reunião com Lula e o próprio Teixeira em um assentamento no Paraná. “Nossa expectativa é que o Lula reassuma o compromisso que ele fez”, disseram dirigentes do MST no Rio Grande do Sul, ao Poder360.
Eles afirmaram que o movimento não pede a cabeça do ministro por si só, mas que “todos os acordos que fizemos com ele [Paulo Teixeira] até agora não foram cumpridos”.
O MST exige a criação de 65 mil novos assentamentos ainda este ano, mas, segundo os dirigentes, o diálogo com o governo não trouxe resultados concretos. Um dos exemplos citados foi a promessa de acelerar a reforma agrária no Rio Grande do Sul após as enchentes de maio de 2024, o que, segundo o movimento, não saiu do papel.
Em nota oficial, o Ministério do Desenvolvimento Agrário contestou as críticas e afirmou que as metas do governo estão sendo cumpridas. O comunicado destacou que Paulo Teixeira participa de evento no Paraná com Lula e líderes do MST para entregar o assentamento Maila Sabrina, que beneficia 440 famílias com investimento de R$ 344 milhões.
O ministério também afirmou que a meta do governo é criar 60 mil novos lotes de assentamentos até 2026, sendo 30 mil em 2025. Até maio, segundo o ministério, mais de 15 mil lotes já foram entregues.