O senador Hamilton Mourão negou a este site que tenha conversado com Jair Bolsonaro sobre o depoimento que fez no dia 23 no âmbito da ação penal sobre a trampa golpista. “A conversa foi genérica. Perguntei da saúde dele, como estavam as coisas. Não falamos sobre depoimento algum”, disse.
Ontem, o site Metrópoles informou que Bolsonaro teria ligado para Mourão para “pedir que o senador reforçasse, no depoimento, alguns pontos que o ex-presidente da República considera importantes para sua defesa”. A orientação de testemunhas, naturalmente, tem consequências penais graves por ensejar tentativa de obstrução da justiça.
Segundo Mourão, o repórter “entendeu errado” sua conversa com o ex-presidente. No depoimento à Primeira Turma, o ex-vice-presidente disse que estava em casa, na piscina, quando foi informado pelo filho sobre a invasão dos prédios dos Poderes e responsabilizou o general Gonçalves Dias, chefe do GSI de Lula.
A Alexandre de Moraes, o senador também afirmou que nunca tratou de estado de defesa ou intervenção militar com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Em nenhum momento Bolsonaro mencionou qualquer movimentação” disse Mourão. Ele relatou encontros com Bolsonaro após a derrota eleitoral de 2022, mas afirmou que as conversas abordaram outros temas. Sobre pressão por intervenção militar, Mourão reconheceu manifestações em frente a quartéis, mas chamou os pedidos de “inviáveis”.