Gilmar Mendes recuou no pedido de destaque para que o julgamento da prisão de Fernando Collor fosse levado a plenário físico. Isso não é comum, assim como outros ministros depositarem seus votos mesmo depois da suspensão do julgamento.
Ontem mesmo o plenário virtual formou maioria para manter a prisão do ex-presidente, ignorando solenemente o pedido de destaque do decano. Flávio Dino, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Edson Fachin seguiram Moraes, o relator.
Até Dias Toffoli, antes favorável à defesa de Collor, mudou de opinião e se alinhou aos demais. Nos bastidores, os ministros alegam que era necessário o posicionamento conjunto para evitar que a prisão do ex-presidente ficasse pendurada numa decisão monocrática.
Como o STF só voltará a se reunir fisicamente em 7 de maio, restou a Gilmar retirar o pedido de destaque. Uma humilhação incomum, que sinaliza a consolidação da liderança de Moraes e serve de recado aos dissidentes Luiz Fux e André Mendonça. Haverá reação?
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