O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que 24 parlamentares visitem o general Braga Netto, detido na 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar do Rio de Janeiro. Ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo Bolsonaro, Braga Netto está preso desde 14 de dezembro de 2024, acusado de tentar atrapalhar as investigações sobre uma suposta tentativa de golpe em 2022.
Os pedidos de visita foram feitos pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara. Braga Netto não se opôs à presença dos congressistas e manifestou isso a Moraes em 3 de abril.
A lista autorizada pelo ministro inclui senadores de diversos partidos, em sua maioria da oposição ao governo Lula, como Rogério Marinho (PL-RN), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Marcos Rogério (PL-RO), Sergio Moro (União Brasil-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF), entre outros. Também estão autorizados Plínio Valério, Chico Rodrigues, Márcio Bittar, Luis Carlos Heinze, Laercio Oliveira, Nelsinho Trad, Mecias de Jesus, Romário Faria, Alan Rick, Cleitinho, Styvenson Valentim, Tereza Cristina, Zequinha Marinho, Dr. Hiran e Carlos Portinho.
A autorização estabelece condições para as visitas: serão permitidas até três por dia, conforme as regras internas do batalhão; não será permitida a entrada de assessores, seguranças ou imprensa; e está proibido o uso de celulares, câmeras ou qualquer equipamento eletrônico durante os encontros.
A decisão de Moraes vem em meio ao crescente movimento político por anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro e à tentativa da oposição de demonstrar solidariedade a militares e civis presos por supostos atos antidemocráticos.