A Meta encerrará seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos nesta segunda-feira (7). O anúncio foi feito nesta sexta (4) por Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da companhia, que confirmou que a medida será substituída por um novo sistema de notas da comunidade, já testado desde março nas plataformas da empresa.
“Anunciamos em janeiro que encerraríamos o programa e removeríamos as penalidades. No lugar das verificações de fatos, as primeiras notas da comunidade começarão a aparecer gradualmente no Facebook, Threads e Instagram, sem penalidades anexadas”, publicou Kaplan no X.
A mudança representa uma reviravolta na política da gigante de tecnologia. A checagem de fatos aplicada anteriormente punia os usuários que postassem informações falsas, com redução de alcance e limitação de visibilidade. Agora, mesmo conteúdos falsos não sofrerão sanções, segundo a nova política.
Kaplan afirmou que o antigo sistema terceirizado de verificação se transformou numa “ferramenta de censura”, justificando o fim do programa como parte de uma nova abordagem voltada à liberdade de expressão.
A decisão já havia sido antecipada por Mark Zuckerberg em janeiro.
“Vamos voltar às nossas raízes e nos concentrar em reduzir erros, simplificar nossas políticas e restaurar a liberdade de expressão em nossas plataformas”, declarou o CEO da Meta à época.
Por ora, a mudança será aplicada apenas nos Estados Unidos, mas a Meta pretende estender o novo modelo para outros países. No Brasil, no entanto, a empresa segue submetida a regulações mais rígidas.
O Supremo Tribunal Federal, por meio do ministro Alexandre de Moraes, já impôs decisões severas contra plataformas que se recusam a remover conteúdos considerados falsos ou ofensivos — como no caso da rede social X, suspensa temporariamente por não cumprir ordens judiciais no âmbito do inquérito das fake news.