Os Estados Unidos, em coordenação com a União Europeia, Reino Unido e Canadá, anunciaram nesta sexta-feira novas sanções contra membros do regime de Nicolás Maduro. A medida também inclui recompensas milionárias pela captura de líderes venezuelanos:
- Nicolás Maduro: US$ 25 milhões
- Diosdado Cabello: US$ 25 milhões
- Vladimir Padrino López: US$ 15 milhões
As ações visam altos funcionários do exército, da polícia e diretores de empresas estatais, como a petrolífera PDVSA e a companhia aérea estatal.
“Desde as eleições do ano passado, Maduro e seus aliados continuam a reprimir a população venezuelana”, afirmou Bradley Smith, subsecretário interino do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, em comunicado.
Smith reiterou o apoio dos EUA ao povo venezuelano e sua rejeição ao que chamou de “alegação fraudulenta de vitória de Maduro”. A posse de Maduro para um terceiro mandato, marcada por denúncias de fraude e repressão à oposição, também foi amplamente contestada por Washington e outros governos internacionais.
Além das sanções, o Reino Unido, o Canadá e a União Europeia anunciaram medidas semelhantes, reforçando sua solidariedade ao povo venezuelano. As restrições incluem o setor energético, atingindo diretamente as principais fontes de financiamento do regime.
As sanções do Departamento do Tesouro coincidem com o aumento da recompensa pela captura de Maduro, acusado de narcotráfico. “Esta é uma mensagem clara: os EUA e seus aliados continuarão pressionando o regime venezuelano até que haja uma transição democrática legítima”, concluiu o comunicado.
Paralelo com a Rússia
Na mesma sexta-feira, o governo dos EUA também detalhou novas sanções contra o setor energético da Rússia, principal fonte de financiamento do Kremlin na guerra contra a Ucrânia. As medidas afetam empresas como Gazprom e Surgutneftegaz, além de cerca de 200 navios de petróleo e gás, apontados como parte de uma “frota fantasma” criada para driblar sanções ocidentais.
Com ações simultâneas na América Latina e na Europa, os EUA intensificam sua postura contra regimes autoritários e reforçam parcerias com aliados internacionais.
