O governo Lula intensifica a pressão sobre o Congresso Nacional para aprovar medidas de impacto fiscal. A iniciativa responde a demandas por um recuo no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O Ministério da Fazenda avalia alternativas como taxar apostas online e criptomoedas, mas a decisão final sobre o tributo sairá apenas na próxima semana.
Essas opções, porém, geram arrecadação bem inferior à do IOF, que pode alcançar R$ 18 bilhões em 2025. Diante disso, o governo petista planeja cobrar do Legislativo celeridade em propostas paradas. Tais medidas compensariam uma possível redução do IOF.
No Planalto, projetos em pauta incluem o fim dos supersalários e a idade mínima nas Forças Armadas. O primeiro, em análise no Senado, prevê economia de R$ 3,8 bilhões ao ano. O segundo, sob exame na Câmara, projeta R$ 2 bilhões anuais. Juntos, os dois somam quase R$ 6 bilhões.
O ministro Fernando Haddad defende ainda cortar benefícios fiscais de setores produtivos. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), mencionou essa alternativa em entrevista.
Em conversas reservadas, Haddad garantiu que nenhuma medida cortará recursos voltados à população mais vulnerável, como os ligados ao salário mínimo e à Previdência Social. Em meio ao embate entre Executivo e Legislativo, Lula elogiou Motta no domingo (1º). O presidente destacou o diálogo aberto do deputado.