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Gilmar Mendes: Denúncia contra Bolsonaro é 'mais grave' que Mensalão

Em conversa com jornalistas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmou na terça-feira (25) que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre um suposto golpe de Estado é mais grave do que o escândalo do Mensalão.

“Aqui é uma coisa muito mais grave. Quando se fala de matar o presidente da República, matar o vice-presidente, matar o ministro do Supremo, prender outros, fazer uma intervenção. Sabe, é algo que se formos buscar uma comparação, por exemplo, com o Mensalão, nós vamos dizer: poxa, é algo, ainda que tivesse a ver com democracia e a liberdade de voto, mas é algo totalmente diverso”, afirmou o magistrado.

“A gravidade, portanto, dos fatos narrados é qualquer coisa de especial, e que se tem avançado tanto. Parece algo bastante singular, é muito difícil de comparar com os outros casos”, completou Gilmar.

Segundo a Polícia Federal (PF), o alegado plano de golpe de Estado envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. Gilmar Mendes classificou o trabalho como “exemplar”.

O Mensalão foi um escândalo de corrupção que estourou em 2005, envolvendo membros do PT e de outros partidos da base aliada. O esquema consistia no pagamento de propinas a parlamentares em troca de apoio político ao Governo Lula (PT).

O julgamento do Mensalão foi realizado pelo STF entre 2012 e 2013, resultando em diversas condenações. Entre os políticos presos por sua participação no Mensalão estão o ex-presidente do PT José Genoíno, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) e o atual presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O escândalo também envolveu outros membros do PT e partidos aliados, sendo considerado um dos maiores casos de corrupção da história recente do Brasil.

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Gianlucca Gattai

Gianlucca Gattai

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