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Gilmar Mendes: Anistia aos presos do 8 de Janeiro é “consagração da impunidade”

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse há pouco que anistiar os condenados pelo 8 de Janeiro seria a “consagração da impunidade”. A fala foi feita em entrevista à GloboNews.

“Não faz sentido algum discutir anistia neste ambiente e os próprios presidentes das duas casas [Câmara e Senado] têm consciência disso”, afirmou o decano. “Seria a consagração da impunidade em um fato que foi e é extremamente grave”.

“Estivemos muito perto de um golpe de estado, uma tragédia política. Isso é extremamente grave”, continuou Gilmar.

Para o ministro, houve aplicação correta da lei aos envolvidos no 8 de Janeiro e que aquele dia não foi “um passeio no parque”: “Ali se queria uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para depois, talvez, já tomar o poder. Veja que é algo bastante grave, não se trata de algo ingênuo”.

Gilmar disse ainda que não defende a revisão das penas em si dos condenados pelo 8 de janeiro, mas “a apreciação caso a caso”. “A progressão [de pena] pode se dar de maneira extremamente rápida a partir da própria avaliação do relator”, declarou.

Durante a entrevista, o decano também comentou o caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que escreveu a frase “perdeu, mané” com batom na estátua “A Justiça” durante os atos. “A própria situação da Débora, a gente tem toda a compreensão, mas ela estava nos acampamentos e, nesse momento, ela não estava com os filhos, portanto. Agora projetam essa situação de mãe de família e tudo mais, as pessoas assumiram um risco enorme”, avaliou Gilmar.

De acordo com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), faltam 58 assinaturas para levar ao plenário o requerimento de urgência do PL da Anistia. O deputado acredita que conseguirá as 257 assinaturas necessárias até quarta-feira (09).

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