Leio no InfoMoney que o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF, na sigla em inglês) investiu R$ 29,2 bilhões em projetos verdes, ou US$ 5,2 bilhões. A manchete dá a entender que a agenda ESG é uma prioridade para o maior fundo de investimentos ativo da atualidade, mas é apenas impressão. O valor, inclusive, está bem abaixo dos US$ 19,4 bilhões exigidos para projetos que se enquadrem nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Na prática, esse tipo de investimento representa apenas 2% do portfólio de US$ 925 bilhões do PIF.
E olha que a Arábia Saudita diz ter como meta alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2060, como consta do chamado Plano Visão 2030, elaborado sob as diretrizes do príncipe Mohammed bin Salman. Um dos megaprojetos “sustentáveis” do tal plano, aliás, abrange o desenvolvimento urbano de 26 mil quilômetros na costa do Mar Vermelho, obras que movimentam pesadamente a construção civil, de forte pegada de carbono.
Na prática, a agenda ESG é a agenda Woke aplicada à economia e sofre dos mesmos problemas desta, ao tentar subverter a realidade por uma narrativa politicamente correta.
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