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Ex-assessor de Moraes pede sigilo em inquérito e cita risco à segurança nacional

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O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, solicitou ao Supremo Tribunal Federal no sábado (19) que o inquérito no qual é investigado tramite sob sigilo. Ele alega que a exposição pública do processo representa um erro “crasso e pueril” que compromete a segurança nacional e de autoridades da República, além de seus familiares.

Tagliaferro criticou o vazamento de informações à imprensa e apontou que a divulgação de trechos de sua vida pessoal, bem como do seu advogado, publicada pela Gazeta do Povo, teve origem em documentos anexados pela Polícia Federal ao processo. O jornal revelou conversas dele com sua esposa nas quais expressava temor em relação a Moraes, a quem chamou de “fdp”, e manifestava desejo de revelar o que presenciou enquanto assessor.

O ex-assessor também denunciou que, em um dos links inseridos nos autos pela PF, há exposição de dados de 3.608 pessoas, entre elas diplomatas, o procurador-geral da República Paulo Gonet, funcionários do Executivo, seguranças dos ministros, e até integrantes da Organização dos Estados Americanos.

Para Tagliaferro, permitir acesso irrestrito a esse conteúdo coloca autoridades e servidores públicos em risco.

Nossa missão é defesa, mas isso é questão de ordem, em prol de pessoas dedicadas à causa pública, as quais não podem ser colocadas em risco, por um ato equivocado da equipe PF”, afirmou.

Indiciado no início de abril por “violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública”, Tagliaferro é acusado de repassar mensagens de Moraes com servidores do STF e TSE a um jornalista da Folha de S.Paulo. A investigação foi baseada em depoimentos e na quebra de seu sigilo telemático.

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