Claudio Dantas
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Além de ex-nora de Lula, PF investiga ex-sócio de Lulinha

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Kalil Bittar é alvo da Operação Coffee Break, que apura suposto tráfico de influência em contratos públicos

O empresário Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Lula (PT), está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de tráfico de influência. A apuração faz parte da Operação Coffee Break, que também mira Carla Ariane Trindade Silva, ex-nora do presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante a ação, agentes da PF apreenderam celular, computador e um caderno pessoal de Carla em Campinas.

Segundo a PF, Kalil teria vendido acesso político a empresários interessados em contratos públicos. Um dos investigados, André Gonçalves Mariano, dono da Life Educacional, empresa de materiais didáticos, teria feito transferências regulares a Kalil, totalizando R$ 210 mil, além de supostamente fornecer uma BMW avaliada em R$ 240 mil.

O histórico entre Kalil e a família Lula remonta a 2016, quando ele foi gravado em conversa com Lulinha sobre o sítio de Atibaia, registrado em nome do irmão do empresário. Com o retorno de Lula à Presidência em 2023, Kalil teria retomado influência nos círculos de poder, facilitando contatos de Mariano com governos federais e estaduais do PT.

Documentos e mensagens obtidos pela PF indicam que Mariano planejava antecipadamente negócios em estados governados pelo PT, incluindo venda de livros paradidáticos, materiais para reforço escolar e jogos educativos.

Em maio de 2024, ele viajou a Lisboa para reunião com Kalil, destacando negociações sobre cidades do interior paulista e projetos internacionais.

Kalil não foi encontrado durante buscas em sua residência no Lago Sul, Brasília, e seus advogados informam que ele mora em Portugal há mais de um ano. A defesa afirma que o empresário está à disposição das investigações e confia na improcedência das acusações.

Mariano foi preso preventivamente na operação. A PF continua investigando se outros empresários teriam se beneficiado do suposto acesso facilitado por Kalil.

Vale destacar que Kalil é irmão de Fernando Bittar, um dos proprietários do sítio de Atibaia, local frequentado pelo ex-presidente e alvo de investigação na Operação Lava Jato.

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