Durante audiência de custódia nesta sexta-feira (25), Fernando Collor negou ter qualquer doença, contrariando o argumento apresentado por sua defesa no pedido de prisão domiciliar, de que o ex-presidente sofre de Parkinson, transtorno bipolar e apneia do sono grave.
Questionado sobre doenças ou uso de medicamentos contínuos, respondeu com um sonoro “não”. Sua defesa, no entanto, informou a Alexandre de Moraes que o ex-senador necessita de uso diário de medicações e de acompanhamento médico especializado periódico. Os advogados prometeram anexar os laudos probatórios.
Na noite de ontem, Moraes determinou a prisão imediata do político ao rejeitar, de forma monocrática, o último recurso apresentado pela defesa contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. O ministro classificou o recurso como “meramente protelatório”, ou seja, com o objetivo de atrasar a execução da pena.
Collor foi preso na madrugada desta sexta. Após a audiência de custódia, Moraes determinou que ele fosse encaminhado a uma cela individual na ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).
Ao determinar a prisão, Moraes submeteu a decisão ao plenário do Supremo. Até o momento, além do relator, já votaram pela manutenção da prisão os ministros Flávio Dino, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Os demais integrantes da Corte podem antecipar seus votos no plenário virtual até as 23h59 desta sexta. A palavra final, no entanto, caberá ao plenário físico, após “destaque” feito por Gilmar Mendes.
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