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Dólar cai 1,5% se aproxima de R$ 5,60 após “tarifaço” de Trump

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O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), abriu em queda de 0,17% nesta quinta-feira (3), aos 130.961,99 pontos. O recuo veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), anunciar um novo pacote de tarifas comerciais contra parceiros internacionais.

O dólar comercial operava em queda de 1,48%, cotado a R$ 5,615, chegando a bater R$ 5,607 na mínima do dia.

Um relatório da XP indicou que o Brasil saiu relativamente “no lucro” na nova rodada de tarifas. O documento destaca que setores exportadores de commodities, como o agronegócio, podem até se beneficiar da guerra comercial. Além disso, há expectativa de maior investimento chinês em infraestrutura no Brasil e na América Latina.

“As tarifas impostas ao Brasil foram mais brandas do que as direcionadas a outros países. No entanto, permanecem riscos relevantes, como a tarifa base de 10% sobre todas as importações, que pode afetar importantes produtos exportados para os EUA”, diz a análise da XP.

O MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e o Itamaraty lamentaram a decisão de Trump e alegaram que a medida “viola os compromissos” dos EUA com a OMC (Organização Mundial do Comércio). Os ministérios afirmam que a medida prejudicará exportações brasileiras, mas a realidade é que o Brasil importou mais do que exportou para os EUA em 2024, o que enfraquece o discurso do governo.

O republicano justificou as tarifas como parte de sua estratégia para fortalecer a economia americana. Ao anunciar as medidas na última segunda-feira (2), Trump declarou que o “Liberty Day”, ou Dia da Libertação, marca a independência econômica dos EUA.

“Por anos, cidadãos norte-americanos trabalhadores foram forçados a ficar à margem enquanto outras nações enriqueciam e se tornavam poderosas, muitas vezes às nossas custas. Mas agora é a nossa vez de prosperar”, afirmou Trump.

Desde o início de seu segundo mandato, em 20 de janeiro, Trump vem ampliando tarifas para reverter déficits comerciais e recuperar a competitividade da indústria americana.

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