Nunca na história tivemos um ministro da Fazenda como Fernando Haddad, que merece receber a alcunha de ‘comissário Haddad’ ou o ‘coletor de impostos’. Com sua fala mansa, disse ontem à TV estatal dos Marinho que o brasileiro vai chegar em 2026 comendo filé mignon. Nem corou. Será que convenceu? O eleitor de Lule sonha até hoje com a picanha, enquanto cozinha pé de galinha. Até 2026, talvez tenha que voltar à fila do osso.
Enquanto celebram a democracia de gabinete, a Receita Federal aumenta seu poder de monitoramento sobre transações financeiras de microempreendedores, a cabelereira, o vendedor de coco, o pedreiro.
Quem movimentar durante todo o mês mais de 5 mil reais estará sob o escrutínio do Leão petista e, ao menor descuido, poderá cair na malha fina. Uma instrução normativa publicada no fim do ano passado obriga instituições financeiras, operadoras de maquininhas e cartões de crédito a informarem duas vezes por ano o movimento de seus clientes. No caso de empresas, basta que a movimentação passe de 15 mil reais.
Ou seja, vão fazer o arrastão em trabalhadores desamparados, que se viram para sobreviver, em vez de ir atrás dos grandes sonegadores, que pagam grandes bancas de advocacia para recorrer ao Conselho de Recursos Fiscais do próprio Ministério da Fazenda ou mesmo ao Judiciário, evitando por anos saldar seus débitos.
O mais engraçado é ver na mídia e nas redes sociais um esforço combinado para se defender a medida da Receita, supostamente para desmentir a informação de que transações em pix serão taxadas. Não, não haverá imposto sobre o PIX, por enquanto, mas o novo sistema garantirá que ninguém escapará de pagar imposto sobre a renda, mesmo a informal.
Sabe como é, o brasileiro precisa pagar quando ganha o dinheiro e também quando gasta, comprando produtos e bens já taxados, assim como seus herdeiros pagarão sobre o que ele deixar, já que desta vida nada se leva – tudo se toma! Pelo visto, a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira já está fazendo efeito.
Mas sabem os maiores efeitos que essa nova medida do governo provocará?
A volta de filas nos bancos para pagamento de contas com dinheiro em espécie, maior posse e porte de cédulas, aumento do número de furtos e roubos de dinheiro em espécie, explosão e roubo de caixas eletrônicos e de residências, em busca de dinheiro em papel. Ah, sim. O PT também já tem uma solução para isso. Um projeto de lei para acabar com o dinheiro de papel. Ah, sem esquecer que o Drex vem aí e o bicho vai pegar!