Claudio Dantas
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Cid desmonta narrativa de Moraes: “Eram pessoas radicais, não grupo organizado”

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Moraes tenta sustentar tese de conspiração, mas Cid afirma que não existia estrutura coletiva

Durante interrogatório nesta segunda-feira (9) na Primeira Turma do STF, o tenente-coronel Mauro Cid desmontou a tese empurrada pelo ministro Alexandre de Moraes sobre a existência de um “grupo radical organizado” que teria planejado um suposto golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder após a eleição de 2022.

De acordo com Cid, não havia articulação coletiva nem estrutura golpista, apenas pessoas com diferentes graus de envolvimento.

Os grupos não eram organizados. Eram pessoas diferentes, não existia uma organização. Não eram pessoas que iam juntas. Iam separadamente. E dos mais conservadores aos mais radicais”, explicou o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro ao ser interrogado por Moraes.

A tentativa do ministro de enquadrar aliados do ex-presidente em uma suposta conspiração estruturada esbarrou no que foi descrito por Cid. Quando questionado se algum dos co-réus integrava os tais grupos radicais, ele foi direto ao negar.

Garnier estava no grupo dos mais radicais. Torres acho que nem entrou. Augusto Heleno não entrou nessa classificação. General Paulo Sérgio era dos grupos moderados. Braga Netto no grupo dos moderados”, disse Cid.

O depoimento ocorre no início da fase de interrogatórios presenciais no STF, conduzidos pelo próprio Moraes, relator do processo.

A fala de Cid reforça o que parte da oposição já aponta, ao mostrar que não houve uma conspiração coordenada, mas manifestações espontâneas de insatisfação política.

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