O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, expôs os valores dos descontos irregulares aplicados por sindicatos e associações contra aposentados e pensionistas do INSS — alvos da megaoperação “Sem Desconto”, deflagrada na quarta-feira (23) pela Polícia Federal (PF).
Segundo Carvalho, os descontos indevidos ocorrem desde, pelo menos, 2016. Ao todo, os valores somam bilhões de reais ao longo dos anos:
2016: R$ 413,2 milhões
2017: R$ 460,4 milhões
2018: R$ 617,4 milhões
2019: R$ 604,6 milhões
2020: R$ 510,9 milhões
2021: R$ 536,3 milhões
2022: R$ 706,2 milhões
2023: R$ 1,299 bilhão
2024: R$ 2,637 bilhões
“Esses valores foram oscilando ao longo dos anos, até que depois de 2018, 2019, eles começam a dar saltos maiores. Por quê? Porque essas associações foram se cadastrando, foram aumentando o número de associações. Para vocês terem uma ideia, em 2021, acho que tínhamos por volta de 15 associações e, em 2023, a gente já tinha 33 associações cadastradas”, explicou o ministro.
Ainda de acordo com Carvalho, o aumento expressivo dos valores a partir de 2022 está relacionado a uma resolução publicada pelo INSS naquele ano, que passou a regulamentar os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) entre o instituto e as associações, bem como as regras para a efetivação dos descontos.