A definição sobre a divisão das comissões permanentes da Câmara dos Deputados foi adiada para terça-feira (18), com instalação prevista para o dia seguinte. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), marcou uma reunião para as 14h com os líderes partidários, que deverão indicar os presidentes dos colegiados e compor as comissões.
O impasse gira em torno de acordos firmados e da disputa por espaços estratégicos. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Casa, ficará com MDB ou União Brasil, dependendo de quem assumir a relatoria do Orçamento. O PL, maior bancada da Câmara e oposição ao governo, abriu mão da CCJ em cumprimento ao acordo fechado na gestão de Arthur Lira (PP-AL).
Outro ponto de conflito envolve a Comissão de Relações Exteriores, disputada pelo PL, que pretende indicar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o comando. O PT resiste à indicação, alegando que sua nomeação poderia gerar atritos internacionais. No entanto, conforme noticiou a CNN, o presidente da Câmara já afirmou que não irá interferir na escolha do PL, que tem prioridade conforme o regimento.
O PT busca a presidência das comissões de Educação e Direitos Humanos, enquanto o PL quer comandar as de Saúde, Segurança Pública e Minas e Energia. Já o PP deve solicitar as comissões de Agricultura e Viação e Transportes.
Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ainda há pendências com partidos menores, mas todas as bancadas deverão ter espaço na divisão dos colegiados.